"Energúmeno" é o adjetivo apropriado
Com perfil pedagógico assumidamente político, Paulo Freire foi o maior disseminador da estratégia gramsciana.
EDUCAÇÃO
Por Thaiane Firmino
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| Foto: Gazeta do Povo |
Para partidarizar o ensino, Freire travestiu-se de "conscientizador" e passou a disseminar a ideia de que professores deveriam combater o sistema capitalista de produção. O esquerdista defendia que os estudantes deveriam ser convencidos sobre a existência de uma suposta luta de classes (Karl Marx) e incentivava a crença no equívoco de que a riqueza era fruto da exploração dos pobres. Ele reduzia o alunado a uma massa de oprimidos que deveria ser estimulada a combater os opressores. Em outras palavras, Paulo Freire colocou o ensino a serviço da ideologia.
Freire pretendia transformar os estudantes em soldados prontos à preencher fileiras comunistas para guerrear contra os que expusessem ideias distintas. Ler, escrever, perceber o professor como uma autoridade em sala de aula, respeitar colegas, hierarquizar relações, tudo isso incomodava o esquerdista - que defendia a diluição dessas prerrogativas no contexto escolar. Infelizmente, não são poucos os herdeiros ideológicos dessa desordem. Vez por outra, é possível se deparar com militantes disfarçados de professores/pesquisadores que defendem uma versão da norma culta da língua portuguesa sem erros nem acertos, por exemplo.
A lógica freiriana era fundamentada no apoio incondicional ao regime ditatorial de Cuba - o que pode ser confirmado através do livro Pedagogia do Oprimido, onde Freire enaltece Ernesto Guevara, guerrilheiro convertido em ditador que liderou fuzilamentos sumários nas terras cubanas. Na mesma obra, o tirano Fidel Castro é entendido como um líder que não permitiu que seu povo fosse manipulado. Os autoritários Mao Tsé-Tung e Lenin também são ovacionados. Tudo isso o esquerdista externaliza através de uma construção confusa e permeada por um jogo de palavras que, notoriamente, intenta manipular o leitor. Conceitos são distorcidos e palavras têm significados adulterados.
Paulo Freire também era contrário a família tradicional. De acordo com ele, a célula mãe da humanidade imita supostos mecanismos opressores da sociedade e, por isso, é uma barreira para a propagação dos intentos comunistas. Dito de outra forma, é o típico pensamento de quem é contrário à hierarquia, o respeito mútuo, a ordem, a decência, a crença em Deus e a sistematização de papéis. Acontece que a história da educação no Brasil perpassa pela filosofia grega, pelo direito romano e tem matriz cristã. Logo, desvirtuar esse entendimento fere as bases de formação do povo brasileiro.
Para o reitor emérito do tradicional Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Lourenço de Almeida Prado (1912 - 2009), é uma lástima que até mesmo instituições confessionais "tenham se deixado contagiar pelo mestre equívoco da pedagogia que é Paulo Freire e por essa falsa elaboração que chama educação libertadora. Na verdade, ela nada tem de libertadora, como nada tem de pedagogia. É uma campanha política, de fundo marxista, isto é, fundada no dogma da luta de classes e na divisão da humanidade entre opressores e oprimidos. Divisão que, na medida em que existe (tem um marco divisório muito mais sutil que a classe social), confere à educação, na sua nobre tarefa de civilizar o homem e a convivência humana, a função de fazer atenuar ou desaparecer, colocando amor onde houver ódio. Nunca lhe caberia a barbarizante função de acentuá-la ou considerá-la irreformável, como uma espécie de sangue azul às avessas, chaga incurável de quem nasce numa classe social", escreveu.
"Energúmeno", portanto, é o adjetivo apropriado.
"Energúmeno" é o adjetivo apropriado
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terça-feira, dezembro 17, 2019
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