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"Energúmeno" é o adjetivo apropriado



Com perfil pedagógico assumidamente político, Paulo Freire foi o maior disseminador da estratégia gramsciana.

  EDUCAÇÃO  
Por Thaiane Firmino

Foto: Gazeta do Povo
Com viés fortemente ideológico, Paulo Freire garantiu assento no banco de citações de boa parte dos cursos de ensino superior da área de educação no Brasil. Em meados dos anos 1960, ele chamou atenção para o problema do analfabetismo no país, mas a iniciativa não passou de um plano ardiloso que tinha como intuito convencer os sistemas educacionais a aderir uma espécie de "pedagogia incontestável". Para tanto, Freire buscou encastelar o mundo do ensino-aprendizagem de modo que contrários aos seus métodos fossem rotulados como defensores da educação elitista. Agora, no entanto, seus pensamentos e métodos estão sendo discutidos de forma democrática. Talvez, por isso, muitas de suas ideias têm se revelado como embustes.

Para partidarizar o ensino, Freire travestiu-se de "conscientizador" e passou a disseminar a ideia de que professores deveriam combater o sistema capitalista de produção. O esquerdista defendia que os estudantes deveriam ser convencidos sobre a existência de uma suposta luta de classes (Karl Marx) e incentivava a crença no equívoco de que a riqueza era fruto da exploração dos pobres. Ele reduzia o alunado a uma massa de oprimidos que deveria ser estimulada a combater os opressores. Em outras palavras, Paulo Freire colocou o ensino a serviço da ideologia.

Freire pretendia transformar os estudantes em soldados prontos à preencher fileiras comunistas para guerrear contra os que expusessem ideias distintas. Ler, escrever, perceber o professor como uma autoridade em sala de aula, respeitar colegas, hierarquizar relações, tudo isso incomodava o esquerdista - que defendia a diluição dessas prerrogativas no contexto escolar. Infelizmente, não são poucos os herdeiros ideológicos dessa desordem. Vez por outra, é possível se deparar com militantes disfarçados de professores/pesquisadores que defendem uma versão da norma culta da língua portuguesa sem erros nem acertos, por exemplo.

A lógica freiriana era fundamentada no apoio incondicional ao regime ditatorial de Cuba - o que pode ser confirmado através do livro Pedagogia do Oprimido, onde Freire enaltece Ernesto Guevara, guerrilheiro convertido em ditador que liderou fuzilamentos sumários nas terras cubanas.  Na mesma obra, o tirano Fidel Castro é entendido como um líder que não permitiu que seu povo fosse manipulado. Os autoritários Mao Tsé-Tung e Lenin também são ovacionados. Tudo isso o esquerdista externaliza através de uma construção confusa e permeada por um jogo de palavras que, notoriamente, intenta manipular o leitor. Conceitos são distorcidos e palavras têm significados adulterados.

Paulo Freire também era contrário a família tradicional. De acordo com ele, a célula mãe da humanidade imita supostos mecanismos opressores da sociedade e, por isso, é uma barreira para a propagação dos intentos comunistas. Dito de outra forma, é o típico pensamento de quem é contrário à hierarquia, o respeito mútuo, a ordem, a decência, a crença em Deus e a sistematização de papéis. Acontece que a história da educação no Brasil perpassa pela filosofia grega, pelo direito romano e tem matriz cristã. Logo, desvirtuar esse entendimento fere as bases de formação do povo brasileiro.

Para o reitor emérito do tradicional Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, Dom Lourenço de Almeida Prado (1912 - 2009), é uma lástima que até mesmo instituições confessionais "tenham se deixado contagiar pelo mestre equívoco da pedagogia que é Paulo Freire e por essa falsa elaboração que chama educação libertadora. Na verdade, ela nada tem de libertadora, como nada tem de pedagogia. É uma campanha política, de fundo marxista, isto é, fundada no dogma da luta de classes e na divisão da humanidade entre opressores e oprimidos. Divisão que, na medida em que existe (tem um marco divisório muito mais sutil que a classe social), confere à educação, na sua nobre tarefa de civilizar o homem e a convivência humana, a função de fazer atenuar ou desaparecer, colocando amor onde houver ódio. Nunca lhe caberia a barbarizante função de acentuá-la ou considerá-la irreformável, como uma espécie de sangue azul às avessas, chaga incurável de quem nasce numa classe social", escreveu.

"Energúmeno", portanto, é o adjetivo apropriado.
"Energúmeno" é o adjetivo apropriado "Energúmeno" é o adjetivo apropriado Reviewed by Thaiane Firmino on terça-feira, dezembro 17, 2019 Rating: 0

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