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O cristão e a esquerda política



Um artigo para os crentes em Cristo e seguidores da Bíblia.

  POLÍTICA  
Por Thaiane Firmino

Foto: Thaís Firmino

“Não há nada mais detestável para um rei do que a prática da maldade, porque um governo só se torna firme através da justiça”. Provérbios 16.12

Este artigo foi originado em um dos meus momentos de oração e comunhão com o Pai. Senti-me impelida a publicá-lo há algum tempo. No entanto, o faço agora sob confirmação do Senhor. Portanto, se quiser questioná-lo, sugiro que o coloque à prova diante de Deus.

Muito embora parte dos cristãos tratem sobre política, exclusivamente, em período eleitoral, outra parcela se dedica aos estudos e discussões quanto ao assunto, corriqueiramente. Pertenço ao segundo grupo, e não é de agora!

Sobretudo em razão da polarização política vivenciada no Brasil, tenho percebido nas mídias sociais algumas pessoas que se dizem cristãs com posicionamentos contrários aos princípios bíblicos. Muitas vezes deixo passar e faço uma breve oração para que o Espírito Santo ajude-as a ter discernimento sobre suas decisões. Outras vezes apenas sinto pesar. Agora, senti a necessidade de escrever sobre isso para esclarecer-lhes algumas coisas. Antecipo, porém, que não estou tratando aqui sobre “direita versus esquerda”. O que proponho é uma reflexão entre os princípios bíblicos e a ideologia esquerdista. Também não estou tentando excluir o direito de cristãos votarem na esquerda, no entanto, como cristã, estou alertando-os sobre a incoerência que é dizer-se crente em algo e agir (votar) contra essa crença. Como está escrito: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6.24a).

Filha de Pedagoga, tive e tenho acesso à biblioteca com vasta diversidade de bibliografias. Fã de leitura, aos 12 anos me deparei com os primeiros escritos sobre política e, vorazmente, passei a ler sobre o tema. De lá para cá, esse costume se intensifica, dia após dia. Entre tantas observações que pontuei ao longo dessa descoberta pessoal, desde o princípio observei que, como cristã e estudiosa da Bíblia, seria uma incoerência apoiar o esquerdismo, seja ele moderado ou radical. Por quê? Porque a agenda ideológica da esquerda é contra todos os princípios bíblicos, ou seja, é contra os pilares do cristianismo.

O marxismo e suas bandeiras

Vejamos! As bases do marxismo estão firmadas na idolatria, no gnosticismo e num simulacro de escatologia. Em outras palavras, o marxismo retira Deus do primeiro lugar, enxerga parte da criação como intrinsecamente má, e se apresenta, falsamente, como redentor - já que acredita que ao homem é possível a auto redenção. Portanto, é completamente antagônico ao cristianismo, que é teocêntrico e entende, conforme a Bíblia (Isaías 53), que Jesus é o filho unigênito de Deus que foi enviado pelo Pai para pagar o preço pelos pecados da humanidade. Portanto, para a fé cristã, Jesus é o único redentor.

Para complementar o raciocínio, é salutar pontuar ainda que a agenda ideológica da esquerda defende pautas como legalização do aborto, ideologia de gênero, legalização das drogas, legalização da pedofilia, entre outras coisas, que são completamente contrárias aos ensinos bíblicos, pilares da fé em Cristo (1 Coríntios 6.9-10; Eclesiastes 11. 5; Gálatas 5.16-21; Marcos 10. 6-9; entre outros). A Palavra adverte: “Não vivam como os incrédulos [...] que não se preocupam mais com o que está certo ou errado e se entregam às práticas impuras. Nada os detém e são guiados por suas mentes maldosas e sua imoralidade desenfreada” (Efésios 4.17a e 19).

Mas, para situar leitores que, porventura, não sejam familiarizados com a temática abordada, farei um resumo sobre as raízes marxistas (ou de esquerda).

O marxismo é um conjunto de ideias filosóficas, econômicas, políticas e sociais que foi elaborado e desenvolvido pelos alemães Karl Marx e Friedrich Engels, em meados de 1848. Em síntese, seu objetivo principal era a substituição do capitalismo pelo comunismo, através da utilização de armas para a tomada de poder por parte do proletariado. Depois da Segunda Guerra Mundial, através de um golpe de Estado consolidado via guerra civil, as ideias de Marx foram implantadas na Rússia e ficou evidente que o socialismo - etapa que, segundo Marx, antecede a instalação do comunismo - é um fiasco. Embora tivesse prometido igualdade, segurança e prosperidade, o esquerdismo proporcionou aos russos apenas tirania, penúria e pobreza. Nos dias atuais, isso também pode ser percebido em países como Venezuela, Cuba e Bolívia.

Posteriormente, ao identificar que a maior parte do proletariado não estava imersa na suposta luta de classes proposta por Marx, Antonio Gramsci fez uma renovação da metodologia comunista e deu origem ao chamado neomarxismo ou marxismo cultural. Gramsci concordava com Marx sobre tomar o poder através da revolução, no entanto, defendia que a mesma não fosse realizada com as armas, mas através da introjeção de conteúdos revolucionários na mente dos cidadãos. Para isso, afirmou ser necessário a criação dos “intelectuais orgânicos” - indivíduos que propagam os interesses do esquerdismo durante o exercício natural e cotidiano de suas profissões. Consegue identificar esses tais “intelectuais orgânicos” em nossos dias? Eles estão entre professores (ensino fundamental, médio e universidades), jornalistas, artistas, escritores, entre outros.

Portanto, entre os objetivos do marxismo cultural está a “realfabetização” das mentes com conteúdo revolucionário nas mais diversas esferas (jurídica, científica, religiosa, política, econômica e artística), na iminência dos indivíduos passarem a pensar como marxistas sem perceberem. Assim, o marxismo cultural busca sua implementação em longo prazo, de forma sorrateira e abrangente. A estratégia de poder do neomarxismo tenta acabar com os valores judaico-cristãos.

Outro ponto que colabora com a disseminação do marxismo cultural está alicerçado no compromisso assumido pelos pensadores da Escola de Frankfurt (escola de teoria social e filosofia) de levar adiante a ideia de Gramsci de formação do "bloco histórico", com o objetivo de alcançar uma hegemonia cultural para, então, destruir as tradições familiares, religiosas, políticas e jurídicas. E isso, vale lembrar, também está em total discordância com os ensinamentos bíblicos (Gênesis 2.24; Mateus 22. 16-21; Efésios 5.33; Provérbios 22.6; entre outros).

No livro 'A Personalidade Autoritária' - resultado de estudos realizados pela Escola de Frankfurt que faziam associação entre Marx e Freud - Theodor Adorno aponta que os valores dos indivíduos, da cultura e das sociedades ocidentais devem ser avidamente criticados com o objetivo de desconstruí-los. Há lógica similar nos escritos de Jacques Derrida que, também no âmbito do marxismo cultural, traz à tona aquela ideia retrógrada do relativismo. Entre outras estratégias da esquerda para desconstrução dos valores estão a “virada linguística” e o “sócio-construtivismo”. Nesse ponto, é importante mencionar que a esquerda calcula seus atos e cria suas técnicas de persuasão em laboratório, através de engenheiros sociais. Em seguida, estudiosos de programação neurolinguística analisam e, então, tais ideias passam a circular nas universidades para, posteriormente, serem levadas à massa de maneira milimetricamente calculada.

Não adianta tentar negar ou maquiar, o marxismo e o neomarxismo/marxismo cultural continuam tendo o mesmo objetivo: destruir a crença em Deus. Por quê? Porque Deus é o entrave que os impede de desorganizar, subverter e destruir a cultura e as tradições. Logo, os crentes em Cristo (católicos/protestantes) que se dizem de esquerda estão inseridos entre os que desconhecem o propósito marxista ou entre os que não estudam a Bíblia, pois defender ambos, simultaneamente, é uma incoerência sem precedentes. Para o marxismo cultural os princípios bíblicos são convenções retrógradas e de dominação e, por isso, precisam ser extirpados. Para os cristãos, no entanto, obedecer a Palavra de Deus é o reconhecimento de que Ele é autoridade primaz.

Portanto, a Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral, que tentam estigmatizar Jesus como ativista político e categorizar o Evangelho como defensor de minorias, são equivocadas. Ambas foram encarregadas de tentar promover o antibíblico diálogo entre o cristianismo e o marxismo. No Brasil, a primeira, defendida pelo comunista Leonardo Boff, foi responsável pelo nascimento do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). E você sabe o que essas siglas representam, não é mesmo?

O cenário político

A Bíblia diz que “quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme” (Provérbios 29.2). O Brasil vive um cenário de polarização política criado pela praxe esquerdista de dividir a nação entre ricos e pobres, negros e brancos, homens e mulheres. O intuito dessa divisão é enfraquecer o patriotismo e deixar o país vulnerável à implantação da ditadura esquerdista. Deus livrou o Brasil em 2016, quando agiu e viabilizou o impeachment da então presidente petista, em virtude dos crimes de edição de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional e atrasos nos repasses da União à bancos públicos para cobrir gastos dessas instituições com programas do governo. Deus continuou agindo quando foi decretada a prisão do ex-presidente petista, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Com a direção dEle, o povo brasileiro tem a chance de, através do voto, se livrar dos males pertencentes à agenda ideológica da esquerda.

Deus não precisa de pessoas perfeitas. Ele mesmo é quem aperfeiçoa durante o processo. Ele quer gente disponível e há um presidenciável - quer você reconheça ou não - que colocou "a cara a tapa" contra o projeto nefasto da esquerda no Brasil. Não estou dizendo que o candidato é infalível - longe disso. No entanto, você pode até não simpatizar com a personalidade dele, mas não tem como negar que o mesmo se dispôs a enfrentar a lógica perversa do esquerdismo, ao contrário de muitos que se dizem cristãos e são omissos, mornos (Apocalipse 3. 15-16).

É notória a enxurrada de argumentos falaciosos baseados em rótulos dados pela esquerda ao candidato. Esquerda esta que o teme por enxergá-lo como o único adversário capaz de deter o bolivarianismo (Foro de São Paulo) no Brasil. Outros argumentos infundados que circulam estão baseados nas edições audiovisuais de má fé, transportando falas do presidenciável para situações fora do contexto. Não caiam no engodo esquerdista que tem como máxima a frase atribuída ao revolucionário comunista Vladimir Lenin: “acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”.

Estado livre

Estado laico não é sinônimo de Estado ateu. Por isso, a participação dos cristãos na arena democrática, expondo seus posicionamentos, é um direito. Então, como cristã e jornalista, aconselho-te que ao invés de ficar reproduzindo inverdades pré-fabricadas pela esquerda e veiculadas nos meios de comunicação de massa, seja ousado e vá fundo nas investigações. Notícias falsas (fake news) sempre existiram e continuarão a existir, infelizmente. Elas são o reflexo da falta de caráter e nós, cristãos e criacionistas, sabemos que esse processo foi iniciado no Éden, quando Satanás usou a serpente para noticiar algo inverídico à Eva. Observe que naquela ocasião o Diabo não apenas sugeriu que a raça humana poderia se libertar de uma suposta opressão divina, mas antes disso acusou Deus de ser egoísta e tirano (Gênesis 3. 4-5). Eva não tinha uma Bíblia para consultar, apesar de ter o próprio Deus em seu convívio. Nós temos as duas coisas: a Palavra e a Presença (Atos 1.8).

A Bíblia condena dois pesos e duas medidas (Provérbios 20.10). Então, o que adianta você se dizer contrário ao aborto, à pedofilia, à legalização das drogas, à ideologia de gênero - questões que a Palavra refuta, veementemente - e votar em partidos de esquerda (PT, PDT, PCdoB, PPS, PSOL, REDE, SOLIDARIEDADE, PV, PSB)? Se você já votou em algum deles estando iludido ou desinformado, após ler este artigo você não está mais. A escolha é sua. Lembre-se apenas que “Todos nós teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo para sermos julgados. Cada um de nós receberá o que merecer pelas coisas boas ou más que tiver feito neste corpo terreno” (2 Coríntios 5. 10).

Shalom!
O cristão e a esquerda política O cristão e a esquerda política Reviewed by Thaiane Firmino on sexta-feira, outubro 26, 2018 Rating: 0

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