Itália mordida e fora do mundial

Uruguai vence partida contra a Itália, passa para as oitavas de final, mas atacante da Celeste dá vexame.

  ESPORTE  
Por Thaiane Firmino

Foto: Revista Veja

Nesta terça-feira (24), dois gigantes do futebol mundial disputaram a segunda vaga do grupo D para as oitavas de final da Copa do Mundo 2014. Itália e Uruguai protagonizaram partida na Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte (RN). As duas equipes, que já possuem histórico de sofrimento para classificação em mundiais, confirmaram a tradição. Dessa vez, o algoz foi a seleção da Costa Rica, que venceu a Itália e foi a primeira seleção do grupo a garantir permanência no mundial. Dessa forma, a saga ficou confirmada entre a Azurra, de Mario Balotelli, e a Celeste, de Luis Suárez.

Os italianos jogaram por um empate. Os uruguaios precisavam de ao menos um gol para se classificar. Isso porque ambos possuíam três pontos na tabela, mas a Itália tinha maior saldo de gols. Ainda assim, a seleção tetracampeã estava atenta ao atacante ‘Luisito’, responsável pelos dois gols do Uruguai na partida que desbancou a seleção inglesa. Mas não foi por conta do futebol apresentado que Suárez se destacou contra a Itália. Uma suposta mordida no ombro do zagueiro italiano Chiellini, segundos antes de Godín marcar o gol da classificação uruguaia, será investigada pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e o jogador poderá ser punido com a suspensão de um ou mais jogos.

O árbitro mexicano, Marco Rodriguez, não registrou o acontecido. No entanto, o Código Disciplinar da FIFA, em seu artigo 77, prevê a possibilidade de imposição de pena ao atleta mesmo que ele não tenha sido advertido pelo juiz durante a partida. O parágrafo 3º, do artigo 96, determina que são admissíveis os seguintes tipos de material para comprovar se houve ou não uma infração: relatório do trio de arbitragem responsável pelo jogo, declarações das partes envolvidas e testemunhas, gravações em áudio e/ou vídeo ou qualquer outro tipo de material.

Apesar do ocorrido, o jogo registrou momentos de puro esporte e de muita emoção. Nos segundos finais da partida, quando o tempo passou a ser o maior rival da equipe italiana - que a essa altura já estava com um jogador a menos em campo, já que Marchisio foi expulso por cometer falta em Arévalo - o goleiro Buffon abriu mão de estar em seu “devido lugar”, para contribuir com o time no ataque. A trave ficou sozinha do outro lado. Mas, o goleiro sabia que precisava arriscar, já que era a última chance de permanecer no mundial. A Itália não conseguiu empatar o jogo e foi eliminada da Copa, mas Buffon, ah, esse tem convicção de que fez tudo que pôde.