Governo confisca R$ 50 bilhões na tentativa de cobrir rombo nas contas públicas
O fracasso do governo Dilma está na casa dos bilhões.
ECONOMIA
Por Thaiane Firmino
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Foto: O Globo |
Que o primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT) foi uma aberração econômica, ninguém tem dúvidas. E se tem, precisa reler o noticiário sobre os malabarismos que o governo fez para transformar o déficit em superávit, no final do ano passado. O que os brasileiros não esperavam, ao menos os responsáveis por reelegerem a petista, é que em apenas 20 dias após dar início ao novo mandato ela promoveria um confisco de 50 bilhões.
O aumento de tributos sobre combustíveis, produtos importados e operações de crédito, foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na última segunda-feira (19). Com a intenção de arrecadar R$ 20 bilhões, o governo não exitou em forçar o aumento do combustível e encarecer o crédito para o consumidor.
O bolso dos brasileiros sentirá as mudanças. A gasolina sofrerá acréscimo de 7,5% e o diesel de 6,5%. Comprar hidratante ou shampoo também sairá mais caro. Pela primeira vez, além das indústrias de cosméticos, os atacadistas do setor passarão a pagar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). As distribuidoras já informaram que o tributo será repassado para o consumidor.
Como se não bastasse, no dia seguinte foi anunciado pacote de R$ 30 bilhões. Dessa vez o aumento ficou por conta da energia elétrica e do veto presidencial à correção da tabela do Imposto de Renda (IR), o que corresponde a R$ 23 bilhões e R$ 7 bilhões, respectivamente. Em relação a conta de luz, o aumento foi impulsionado pela alta nos tributos sobre o diesel - combustível utilizado pelas termoelétricas.
O Brasil é dono de uma das cargas tributárias mais altas do mundo, mas o governo Dilma parece não se importar com isso. Ao menos é o que ela deixa claro ao vetar o projeto de lei que reajustava em 6,5% a tabela do IR. A inflação real foi de 6,41% em 2014, ainda assim as alíquotas serão corrigidas em 4,5% este ano. Ou seja, o contribuinte que teve correção salarial alinhada à inflação pagará ainda mais impostos.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a economia do país precisa ser colocada em ordem. "Ao invés de promover um corte de gastos com uma reforma administrativa, extinguindo ministérios, cargos comissionados, eliminando paralelismos, o governo coloca a mão grande no bolso do contribuinte. O país necessita de um ajuste fiscal para organizar a sua economia. E o governo faz um ajuste de contas, se socorre do contribuinte para tapar buracos abertos nas finanças públicas”, afirmou.
De toda sorte, chegou o momento do eleitorado subserviente sentir na pele o que é sustentar um governo petista com 39 ministérios e suas condescendências.
Governo confisca R$ 50 bilhões na tentativa de cobrir rombo nas contas públicas
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quarta-feira, janeiro 21, 2015
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