Divergência entre ministros comprova o escambo de cargos no governo petista

Barganha com dinheiro do povo.    

  POLÍTICA  
Por Thaiane Firmino

Foto: Veja

No segundo mandato de Dilma Rousseff (PT) o comando do Ministério do Desenvolvimento Agrário está nas mãos de Patrus Ananias (PT). Ou seria, no colo?! O certo é que as divergências entre ele e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu (PMDB), só comprovam que no governo petista o que existe é o escambo de cargos e barganhas, com dinheiro do povo, claro.

Em pronunciamento na última terça-feira (6), Patrus afirmou compromisso com o avanço da reforma agrária e destacou que “o direito à propriedade não pode ser inquestionável”. Para ele, o tema é polêmico e, por isso, deverá passar pelo Congresso, Judiciário e Ministério Público. O ministro do  disse ainda que os meios de comunicação e os movimentos sociais terão papel fundamental na discussão.

A líder do Ministério da Agricultura pensa diferente. Kátia Abreu, em entrevista ao Jornal Folha de S. Paulo, afirmou que “no Brasil não há mais latifúndios” e defendeu que a reforma agrária aconteça de forma pontual. No entanto, Abreu tem sob sua responsabilidade o compromisso de aumentar o número de pertencentes à classe média rural, conforme ordens da presidente da República – já conhecida por gostar de ter tudo centralizado em si e, por consequência, interferir diretamente nos ministérios.

Em linhas gerais, é possível perceber os melindres do governo federal para aparentar que os ministérios exercem função social. O populismo petista busca manter o eleitorado subserviente de boca fechada. Para chegarmos a essa compreensão, basta estarmos atentos para o fato de que Patrus entende que os meios de comunicação e os movimentos sociais serão as peças fundamentais para violar o direito à propriedade, garantido e amparado pela Constituição Federal.

Mas, o que é a lei maior para o PT?! O partido já provou que é especialista em alterá-la quando lhe convém. No final das contas, Dilma irá se posicionar à frente de um microfone, na presença de jornalistas e fotógrafos, e dizer: “foi uma escolha feita pela própria sociedade”. Fará isso respaldada não apenas pelos votos, até hoje questionáveis, que recebeu nas urnas, mas pelo discurso de Patrus, no dia em que assumiu o tal ministério. É um prenúncio!