Lula e seu discurso (pseudo)opositor
O governo Dilma foi ruim, está ruim e vai continuar ruim. Por saber disso, Lula apresenta discurso (pseudo)opositor e se apressa em estimular “cumpadres” a jogar certos episódios no ventilador.
POLÍTICA
Por Thaiane Firmino
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| Foto: Veja |
Lula (PT) não quer ninguém em seu caminho rumo à presidência do Brasil em 2018. Para tanto, busca anular até seus “companheiros”. Entre autorizações para que petistas critiquem o governo federal e estimulações para que exponham situações de corrupção relacionadas a possíveis futuros candidatos à presidência, Luiz Inácio demonstra que tem pessoal disponível para se prestar ao papel que lhe aprouver.
O exemplo mais recente é o da senadora e ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT-SP). Em entrevista concedida ao jornal Estado de S. Paulo, no último dia 11, ela tratou de denunciar à Controladoria Geral da União (CGU) irregularidades na gestão de Juca Ferreira. Segundo ela, sob comando de seu antecessor, R$ 105 milhões teriam sido gastos, indevidamente, com parcerias. Se a coisa se confirma, a fiel escudeira de Lula dará méritos ao seu mestre, isso porque, ao que parece, Dilma (PT) não está nem um pouco preocupada com o resultado das investigações e, mais uma vez, entregou o ministério nas mãos de Ferreira.
Outro petista criticado pela senadora foi Aloizio Mercadante. Segundo ela, ele é arrogante, autoritário e fingi apoiar Lula quando, na verdade, pretende ser o candidato à presidência nas próximas eleições. Mas, espere aí! Mesmo sabendo que as características de Mercadante o tornam impopular, Lula o teme?! Mas, por que?! Uma das possíveis respostas gira em torno do fato de que o ex-presidente sabe que não há mau caratismo ou impopularidade que não sejam camuflados com o trabalho dos marqueteiros do Partido dos Trabalhadores (PT). Isso sem contar com o esquema petista de calúnias e difamação, sobretudo nas mídias sociais, utilizado em período eleitoral com a intenção de rebaixar o nível das disputas políticas no Brasil.
Entre outras coisas, Suplicy destacou durante a entrevista que “ou o PT muda ou acaba”. Que ele não mude, então. Torceremos! Em tom de despedida, ela deixou claro que, independentemente para qual partido for, não se desligará de Lula. E foi aí que o jogo dele veio à tona, mesmo que nas entrelinhas. Nos primeiros dias de 2015 o ex-presidente quer aparentar sua oposição ao governo Dilma, mas não põe os dois pés em risco. Caso o impossível ocorra, e ela termine o mandato sendo aplaudida, ele volta atrás e confessa ser o mentor de tudo.
A intenção de Lula é chegar blindado ao terceiro mandato, sob fama de “Pai dos pobres”. Mas, ele parece ter esquecido que ao longo de quatro anos muitas águas passam por baixo da ponte. Portanto, ele ainda pode descer rio abaixo, numa dessas correntezas que ainda aparecerão por aí. Vamos torcer!
Lula e seu discurso (pseudo)opositor
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segunda-feira, janeiro 12, 2015
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